Uma briga...
Uma luta
Uma guerra!
É delicioso
É maravilhoso
É voluptuoso
Brigar...
E depois ganhar o teu amor.
Sua língua em meu pescoço
Sua mão em minha coxa
Subindo por trás
Um sussurro ao pé do ouvido
Um gemido baixinho
Meu corpo parece não ter ossos
De tanto que me contorço
Um puxão de cabelo
E você me diz: você é minha!
Um sorriso disfarçado, quase imperceptível
Um ar de felicidade
Um abraço apertado...
Eu te ponho a dormir no peito meu
Agora cansada, exausta e farta te pergunto
Você me ama?
E você responde: eu te amo Leila!
Como é delicioso,
Como é maravilhoso
Brigar pelo amor teu
E como é delicioso
Como é maravilhoso
Como é voluptuoso
Que eu saiba e sinta
Que eu também te amo!
Leila Machado.
MAIS
ResponderExcluirFoi feito para mim o seu corpo
(desenhado milimetricamente)
Causa-me assombro ver que ainda sinto
Mesma surpresa em vela nua
Desde os tempos passados
Quando estive nessa mirada
[pela primeira vez.
Mas não! Hoje você é mais
Mais mulher, mais minha, mais amor
Deixou no passado aquele jovial físico
Para levar ao futuro uma jovial mente
Uma jovem amante
E eu me assustarei cada vez mais ao vê-la nua
Pois será cada dia mais
Mais, mais e mais.
Nossa!!!!!!!!
ResponderExcluirDe quem o texto, seu?
Muito lindo, parece com as "coisas minhas"...
Esse povo anda tãooooooooooo romântico kkkkkkkkk
ResponderExcluirO que passa? Eu quero um pouco desse romantismo, Senhora Leila!!!!!!
Apesar de bastante contraditório parece q a guerra existe em função da paz. E vc falou do amor dessa forma autentica, não aquele sentimento perfeitamente hipócrita, mas o de duas pessoas que se esbufeteiam só pra sentirem a necessidade de se beijarem.
ResponderExcluirPois é Cibele, Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura...
ResponderExcluirGuimarães Rosa.
Oh Fran... Não sei nem explicar, se existe de fato a necessidade da guerra em luta por paz... Mas acho que é um meio mais delicioso e ao mesmo tempo delicado, de se chegar ao amor... como vc pode ver a resposta é um tanto contraditoria, assim como o texto em si, assim como amor em fim...
ResponderExcluirComo disse um dia o poeta Luis Vaz de Camões...
"se tão contrário a si é o mesmo Amor?"
Destruição
ResponderExcluirOs amantes se amam cruelmente
e com se amarem tanto não se vêem.
Um se beija no outro, refletido.
Dois amantes que são? Dois inimigos.
Amantes são meninos estragados
pelo mimo de amar: e não percebem
quanto se pulverizam no enlaçar-se,
e como o que era mundo volve a nada.
Nada. Ninguém. Amor, puro fantasma
que os passeia de leve, assim a cobra
se imprime na lembrança de seu trilho.
E eles quedam mordidos para sempre.
deixaram de existir, mas o existido
continua a doer eternamente.
***
Carlos Drummond de Andrade
[...]
ResponderExcluirE lhe dou todas as faces
de meu sonho que especula;
e abolimos a cidade
já sem peso e nitidez.
E vadeamos a ciência,
mar de hipóteses. A lua
fica sendo nosso esquema
de um território mais justo.
E colocamos os dados
de um mundo sem classes e imposto;
e nesse mundo instalamos
os nossos irmãos vingados.
E nessa fase gloriosa,
de contradições extintas,
eu e Fulana, abrasados,
queremos... que mais queremos?
E digo a Fulana: Amiga,
afinal nos compreedemos.
Carlos Drummond de Andrade
Parabéns pela habilidade com a linguagem poética!Forma e conteúdo bastante poetizados, à moda de grandes escritores, hein?!
ResponderExcluirNossa, quente e letrista, agradecida meu querido por sua atenção!
ResponderExcluirBeijos poeticos... *-*