terça-feira, 18 de janeiro de 2011

TE AMO


Uma briga...
Uma luta
Uma guerra!

É  delicioso
É maravilhoso
É voluptuoso
Brigar...
E depois ganhar o teu amor.

Sua língua em meu pescoço
Sua mão em minha coxa
Subindo por trás
Um sussurro ao pé do ouvido
Um gemido baixinho

Meu corpo parece não ter ossos
De tanto que me contorço

Um puxão de cabelo
E você me diz: você é minha!
Um sorriso disfarçado, quase imperceptível
Um ar de felicidade
Um abraço apertado...

Eu te ponho a dormir no peito meu
Agora cansada, exausta e farta te pergunto
Você me ama?
E você responde: eu te amo Leila!

Como é delicioso,
Como é maravilhoso
Brigar pelo amor teu

E como é delicioso 
Como é maravilhoso
Como é voluptuoso 
Que eu saiba e sinta
Que eu também te amo!

Leila Machado. 


10 comentários:

  1. MAIS

    Foi feito para mim o seu corpo
    (desenhado milimetricamente)
    Causa-me assombro ver que ainda sinto
    Mesma surpresa em vela nua
    Desde os tempos passados
    Quando estive nessa mirada
    [pela primeira vez.
    Mas não! Hoje você é mais
    Mais mulher, mais minha, mais amor
    Deixou no passado aquele jovial físico
    Para levar ao futuro uma jovial mente
    Uma jovem amante
    E eu me assustarei cada vez mais ao vê-la nua
    Pois será cada dia mais
    Mais, mais e mais.

    ResponderExcluir
  2. Nossa!!!!!!!!
    De quem o texto, seu?
    Muito lindo, parece com as "coisas minhas"...

    ResponderExcluir
  3. Esse povo anda tãooooooooooo romântico kkkkkkkkk
    O que passa? Eu quero um pouco desse romantismo, Senhora Leila!!!!!!

    ResponderExcluir
  4. Apesar de bastante contraditório parece q a guerra existe em função da paz. E vc falou do amor dessa forma autentica, não aquele sentimento perfeitamente hipócrita, mas o de duas pessoas que se esbufeteiam só pra sentirem a necessidade de se beijarem.

    ResponderExcluir
  5. Pois é Cibele, Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura...

    Guimarães Rosa.

    ResponderExcluir
  6. Oh Fran... Não sei nem explicar, se existe de fato a necessidade da guerra em luta por paz... Mas acho que é um meio mais delicioso e ao mesmo tempo delicado, de se chegar ao amor... como vc pode ver a resposta é um tanto contraditoria, assim como o texto em si, assim como amor em fim...

    Como disse um dia o poeta Luis Vaz de Camões...
    "se tão contrário a si é o mesmo Amor?"

    ResponderExcluir
  7. Destruição

    Os amantes se amam cruelmente
    e com se amarem tanto não se vêem.
    Um se beija no outro, refletido.
    Dois amantes que são? Dois inimigos.

    Amantes são meninos estragados
    pelo mimo de amar: e não percebem
    quanto se pulverizam no enlaçar-se,
    e como o que era mundo volve a nada.

    Nada. Ninguém. Amor, puro fantasma
    que os passeia de leve, assim a cobra
    se imprime na lembrança de seu trilho.

    E eles quedam mordidos para sempre.
    deixaram de existir, mas o existido
    continua a doer eternamente.
    ***
    Carlos Drummond de Andrade

    ResponderExcluir
  8. [...]

    E lhe dou todas as faces
    de meu sonho que especula;
    e abolimos a cidade
    já sem peso e nitidez.

    E vadeamos a ciência,
    mar de hipóteses. A lua
    fica sendo nosso esquema
    de um território mais justo.

    E colocamos os dados
    de um mundo sem classes e imposto;
    e nesse mundo instalamos
    os nossos irmãos vingados.

    E nessa fase gloriosa,
    de contradições extintas,
    eu e Fulana, abrasados,
    queremos... que mais queremos?

    E digo a Fulana: Amiga,
    afinal nos compreedemos.

    Carlos Drummond de Andrade

    ResponderExcluir
  9. Parabéns pela habilidade com a linguagem poética!Forma e conteúdo bastante poetizados, à moda de grandes escritores, hein?!

    ResponderExcluir
  10. Nossa, quente e letrista, agradecida meu querido por sua atenção!

    Beijos poeticos... *-*

    ResponderExcluir