terça-feira, 11 de janeiro de 2011

JURA




O sonho, as cores, as teclas...
Do que é feito a vida?
O passado, o presente, o futuro?
A luz, as árvores, o ar
As trevas?


Eu vejo um abismo...
O precipício!

A solidão, as pessoas
A confusão...
A TV,  as musicas...
As flores!
Do que é feito a vida?

As compras, os carros
As motos, o bar?...
A praia, a água de côco.
O banho de mar
A estrada!

Eu vejo um abismo...
O precipício!

O sorvete, meu pai, minha mãe
Família!
Amigos? 
Do que é feito a vida?

As roupas, o corpo nu
O sexo, o prazer, o momento
O que passa?
O que sinto, o que sentes...
O que somos, quem somos?
Nós duas...
Disritmia!

Eu vejo um abismo
E agora um muro...
Depois dele o precipício!

Um flash, um piscar de olhos
Um amor encontrado
Um amor que perdi
Um amor a que vim buscar
Um amor para viver
Um amor para morrer junto!

Do que é feito a vida?

Um salto, uma palavra...
Um poeta, um coração vadio
Mil mulheres...
Amantes, mulheres de novo...
Bocas, línguas, beijos!
A sua mão em meu corpo...
Seus seios... Seus ombros!
Minhas curvas, nós...

Do que é feito a vida?
Medo, ou caragem?
descaso, ou vaidade?
São tantas perguntas...

Um abismo, o muro...
Você, o precipício
Um lampejo!
Se você pular...
Eu juro que pulo!

Leila Machado.







12 comentários:

  1. Leila! Que poema forte.. São tantas questões, apenas uma resposta..."ela", não é mesmo?
    Mas não faça "juras", sim. Viva apenas, sinta, mas não jure nada, as juras criam vínculos que transcendem as vidas.

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  2. Ela!... Realmente, ela se tornou tudo!
    Ela se tornou todas as perguntas, todas as respostas e todas as consequencias, ela se tornou tudo que é vida, tudo o que me tras vida, ela se tornou a minha vida...
    Quanto ao vinculo, eu não posso rompe-lo, a tempos que a busco, to sempre chegando atrasada e ela sempre indo embora antes de mim... Não posso perde-la dessa vez!
    Agora jaz consumada a jura...

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  3. Ahhhhhh, Leila, sem palavras (mais uma vez)... o que lhe ocorreu? Foi abduzida por um dos ETs da Cibele, ou está psicografando? Rsrsrs...
    Estou emocionado com seu poema, com a força, com a intensidade do que foi dito. Nunca atingi isso no que escrevo (mas ainda busco). Meus parabéns!
    Beijo.

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  4. Olá Leila, minha 1º vez aqui... E curti muito seu espaço! Poesia forte com palavras e até impactante, sem perder a ternura de poesia.
    Parabéns...
    Bjs poéticos!

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  5. Oh meu estimado poeta Edvaldo... To por aqui vivendo para ter historia para contar em poesia...
    Agradecida mais uma vez por sua atenção e carinho...
    Quando se ama alguem como amo tal pessoa, "ela", tudo fica mais intenso mais forte de fato!
    Não sei se ja amou alguem assim, mas se me permite um conselho, ame se ainda não amou, mas ame com todo o seu ser, sem medos, sem segundas intenções...
    E sua poesia nunca mais será a mesma!

    Beijos na alma querido poeta! ;)

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  6. Rosangela... Seja muito bem vinda a minha segunda casa... que por sinal anda meio abandonada... Nem sempre consigo me manter nesse "mundo virtual" nessa minha "casa virtual", espero que de verdade tenha gostado do que leu por aqui, a casa também é sua, volte sempre que quiser! =)

    Beijos querida...

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  7. Oooh Jam pensei que não andava mais por aqui...
    Obrigada! =)

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  8. Detalhes?
    Existem muitos não é verdade? Mas, talvez o problema seja justamente esse ponto de interrogação q nunca deveria existir na verdade. Certamente a vida não é nenhum deles, os detalhes, mas sim todo o complexo q eles montam. Talvez não sejam as partes, mas todo o inteiro; e talvez não sejam os membros, mas todo o corpo. E, no final, quando desvendarmos todo o corpo nos descobriremos na cabeça e, estando lá, encontraremos uma alma inerte. Então espirito, tu que é vivo, me diz o que a vida é. Já que eu sou só mais um detalhe.

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  9. Uma jura de amor desfalecesse, talvez, a necessidade de entender a vida.
    Posto que este amor já seria a vida.
    Mas passando agora o amor a ser a vida-incógnita não entendida de antes, buscaria-se, então, a compreensão dele.
    Confuso, talvez.
    Mas a vida, ou melhor, o amor-vida é uma viciante confusão.

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  10. Esse finalzinho me lembrou um trecho do filme Amor alem da vida, Fran.
    Bom, a pergunta fica no ar, na certeza de que somos apenas mais um detalhe. Embora o que nos vigore seja o coração, a emoção eu penso ser a minha mente, mas uma mente, que precisa de um detalhe chamado coração! ;)

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  11. Carla...

    Não a resposta que eu possa dar melhor que a conclusão da confusão!
    Não ha vida sem amor e não ha amor sem vida...

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