quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

SÚPLICA


Antes de te amar...
Nada era eu, sentimentos inúteis
Sonhos vãos, beleza sem brilho
Antes de amar...
Nada valeria mais a pena
Nem mesmo a saudade
Sofrimento de quem ama
Antes de te amar a poesia era inventada
Era insensível, mentira, invenção

Hoje te amando...
Sinto que estou viva
Pois sinto uma dor tão grande
Uma angustia tão dantesca!
Um sangrar incessante
Um descompasso total
Essa dor me faz perceber
Que meus sentidos estão ativos

Por tanto não tire de mim esse penar!
Ainda que te negue
Ainda que eu esfregue minha carne
Na tentativa inútil de arrancar
Teu perfume impregnado em mim
Ainda que te diga me deixe em paz!
Me deixe em paz!
Me deixe em paz...
Pelo amor de Deus!
Ainda que com lagrimas nos olhos
Te implore que me esqueça
Por que se um dia cederes a esses meus pedidos
Morrei...
Murcha
Vazia
Triste e seca

Da vida que antes sentia nesta alma sem sentido
Se fores embora algum dia...
Tirará de mim não só o teu corpo de minhas mãos
A tua boca de minha boca
Tirará o sopro que rege a minha vida...

 Leila Machado.


5 comentários:

  1. Leilaaaaa, você se supera a cada dia... lindíssimo poema... amei!

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  2. Nossa vc nunca foi tão natural em comentario Edvaldo... =)

    Obrigada pela atenção e pelo carinho!

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  3. Vc é demais, Leila! Esse seu poema ufano, exagerado, passional só poderia ser esplêndido por assim sê-lo. Este estado patológico que a paixão nos coloca é um alimento e tanto para a poesia. Não só a paixão em si, mas tudo que está aninhada a ela, tal como dor, desespero e etc.

    bjs

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  4. Ufanada assim encontro eu... Quando falo dessa mulher!...

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  5. ... Sem... Comentários!
    Se superou aki heim.
    Palmas!

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