segunda-feira, 29 de novembro de 2010

VERMELHO





Nesse emaranhado de cachos vermelhos
Vejo tudo vermelho
Sinto-me entorpecida por essa cor
Inspira-me o sabor do vinho
O sabor do pecado lúcido
Inspira-me a dançar tango
Sinto o cheiro das rosas
Sinto-me embriagada

Fico tonta
Com tanto vermelho
Vejo sangue
Vejo amor
Vejo doçura
Sinto calor
Vejo morangos
Vejo uvas
Vejo a Itália
Vejo Espanha
Vejo Madri

Vermelho...
Me traz lembranças
Do perfume doce de minha amada
Do sabor doce que ela tinha
De como me embebia em seus cabelos vermelhos
De como me embaraçava por entre eles

Mas seus cabelos longos antes negros e loiros
Não serviram de corda na minha queda do precipício
Caí e me perdi do vermelho da minha vida...

Carrego sangue apenas de vermelho em meu corpo
Minha alma é branca, é pálida é assustada
É louca, insana, é fria
O teu vermelho me aquecia

Hoje...
Nem vinho
Nem uvas
Nem os morangos
Nada me trará de volta o vermelho que perdi
Quando caí dos seus braços.

Leila Machado.



4 comentários:

  1. Febre. Lábios. Desejo.
    Me fez queimar por dentro...

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  2. Febre. Lábios. Desejo.
    fez Dii queimar por dentro...
    ;D

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  3. Esse seu poema me fez lembrar de uma música (meio brega, mas linda!)

    "Lady in Red"

    I never will forget the way you look tonight
    The lady in red
    My lady in red
    I love you

    Música véiaaaaaaaaaa, mas muito boa

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